20/04 é a data que, há 50 anos, celebramos o Dia do Diplomata no Brasil, escolhida em homenagem ao patrono da diplomacia brasileira José Maria Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, nascido em 20/04/1845 no Rio de Janeiro.

Conhecido como “Juca”, formou-se em Direito pela Faculdade do Recife em 1866, foi nomeado promotor em Nova Friburgo no ano de 1869. No ano seguinte participou das negociações de paz entre Aliados e o Paraguai.

Ao retornar ao Rio de Janeiro, Rio Branco dedicou-se ao jornalismo, ajudando a fundar o jornal “A Nação”, veículo abertamente de caráter abolicionista. Até que em 1876 foi nomeado cônsul em Liverpool, ao todo passando cerca de 17 anos atuando no exterior em nome do governo brasileiro, tanto na era monárquica, quanto na república velha.

No ano de 1893 fora incumbido de defender os direitos do Brasil ao território das Missões, reivindicado pela Argentina, este imbróglio estava sob arbitramento do presidente estadunidense Glover Cleveland, o qual deu parecer inteiramente favorável ao Brasil.

Em 1902 foi então convidado pelo presidente Rodrigues Alves para assumir a pasta de Relações Exteriores, no qual permaneceu até sua morte em 1912. Barão do Rio Branco como ficou conhecido após receber tal honraria da coroa brasileira em 1888, marcou a história do Brasil pela sua grande habilidade diplomática, além do impasse territorial com a Argentina, resolveu questões com outros países limítrofes, conquistando territórios que somados são equivalentes ao tamanho da França, dentre eles estão o que hoje é o estado do Amapá, Acre e vários outros locais definidos a partir de tratados com Equador (1904), Colômbia (1907), Peru (1904 e 1909), Uruguai (1909) e Argentina (1910) que salvo pequena alterações, permanecem até hoje.

Com uma atuação formidável, Barão do Rio Branco sedimentou as bases de uma nova política internacional de acordo com as necessidades do Brasil, estreitando relações com os países vizinhos e demais países pan-americanos.

A tradição da diplomacia brasileira ficou então alicerçada no pragmatismo e o princípio da não intervenção.

Produção: Gandhi Allasio